25 de Abril
Não tenho nenhuma recordação do dia 25 de Abril de 1974, na altura tinha 4 anos; tenho apenas algumas imagens soltas anteriores a essa data e também posteriores. Sei que estava em Évora com os meus pais e irmãos e a partir do Verão de 1975 não foi fácil, as propriedades dos meus pais foram ocupadas, passamos por dificuldades várias e o que sempre ouvi em minha casa e aprendi com a clivagem que vivemos a partir desse período é que o oportunismo não tem cor, não se pode confiar nos políticos, são poucos os que são decentes e honestos neste país, não se pode ter ilusões – e não é só os políticos, mas os exemplos vêm de cima. Lembro-me de ter partido para Espanha com a minha mãe e cinco dos meus irmãos. O meu pai e irmão mais velho ficaram em Portugal. Lembro-me do inicial apartamento onde vivi em Badajoz, num primeiro andar, eu dormia com a minha irmã Ró num colchão no hall de entrada – uma aventura – os rapazes ficavam na sala numas cadeiras de praia, a minha irmã Ana num pequeno quarto junto à sala e a minha mãe no outro. A minha irmã Xum estava em Mérida e depois juntou-se a nós; via os desenhos animados da Heidi num café ao pé desta casa, onde jogava flipers com os meus irmãos. Depois mudamo-nos para um rés-do-chão maior, uma casa velha, dormia num quarto com a minha irmã Ró, ao lado do quarto da minha mãe. Lembro-me de ouvir a rádio portuguesa, o som da guitarra do Carlos Paredes remete-me sempre para os espaços desta casa; ia à escola, aprendi a escrever e a ler o castelhano, tinha uma cartilha com desenhos e de frases do tipo “ mi mama me mima” ou “mi padre fuma pipa”. Na escola estava sempre a fazer traquinices, tinha uma colega de carteira portuguesa, a Filipa e mais duas espanholas. Estava muitas vezes de castigo – porque seria? – Ia para o fundo da sala virada para a parede. Em casa, depois do jantar ia brincar com uma pandilha na rua, jogar ao elástico, aprendi a cantar e a dançar sevilhanas – a minha irmã Ró diz que fui eu que meti conversa com as miúdas na rua. No primeiro andar dessa casa viviam vários estudantes, era uma diversão. Quando se aproximou o Natal, fiquei cheia de medo de não ter prendas, a casa não tinha chaminé. Depois recebi uma cama de plástico cor-de-rosa para a minha boneca e a minha irmã Xum convenceu-me que ela entrou pelo buraco do vidro da janela da sala. Depois mudamo-nos para um apartamento num prédio moderno, onde também brincava na rua à noite, com outra pandilha. Uma vez cantei as sevilhanas que tenho na memória a uma catalana que se fartou de rir e dizia que só poderia ter aprendido isso na rua. Quando voltei para Évora não havia nada disto, não brincava na rua e compartilhávamos a casa com mais duas famílias de retornados. O meu pai dava aulas de matemática e a minha mãe trabalhava na escola onde eu ia com a Ró. A minha mãe diz que o único ministro da agricultura que houve como deve de ser neste pais foi o António Barreto e que se o encontrasse na rua, ia dar-lhe um aperto de mão e cumprimentá-lo. Apesar de tudo, o sentido de humor foi sempre mantido na minha casa em relação à política: lembro-me de num Carnaval os meus pais mascararem-se de pessoal da reforma agrária para pregarem uma partida a uns amigos; noutro, a minha mãe mascarou-se de Manuela Eanes, estava enlacada, pirosa e extraordinariamente pintada; estas talvez sejam exemplos de boas expressões para ultrapassar o sofrimento, a mágoa que eles sentiam em relação ao que foi destruído, as árvores cortadas que nunca mais se puderam recuperar. O que é para mim o 25 de Abril? O dia em que se comemora a liberdade no meu pais e de imediato associo a data às noites em que brincava na rua em Espanha com as pandilhas, onde cantava e dançava sevilhanas. Esta memória para mim ficou como sinónimo de liberdade.
Não tenho nenhuma recordação do dia 25 de Abril de 1974, na altura tinha 4 anos; tenho apenas algumas imagens soltas anteriores a essa data e também posteriores. Sei que estava em Évora com os meus pais e irmãos e a partir do Verão de 1975 não foi fácil, as propriedades dos meus pais foram ocupadas, passamos por dificuldades várias e o que sempre ouvi em minha casa e aprendi com a clivagem que vivemos a partir desse período é que o oportunismo não tem cor, não se pode confiar nos políticos, são poucos os que são decentes e honestos neste país, não se pode ter ilusões – e não é só os políticos, mas os exemplos vêm de cima. Lembro-me de ter partido para Espanha com a minha mãe e cinco dos meus irmãos. O meu pai e irmão mais velho ficaram em Portugal. Lembro-me do inicial apartamento onde vivi em Badajoz, num primeiro andar, eu dormia com a minha irmã Ró num colchão no hall de entrada – uma aventura – os rapazes ficavam na sala numas cadeiras de praia, a minha irmã Ana num pequeno quarto junto à sala e a minha mãe no outro. A minha irmã Xum estava em Mérida e depois juntou-se a nós; via os desenhos animados da Heidi num café ao pé desta casa, onde jogava flipers com os meus irmãos. Depois mudamo-nos para um rés-do-chão maior, uma casa velha, dormia num quarto com a minha irmã Ró, ao lado do quarto da minha mãe. Lembro-me de ouvir a rádio portuguesa, o som da guitarra do Carlos Paredes remete-me sempre para os espaços desta casa; ia à escola, aprendi a escrever e a ler o castelhano, tinha uma cartilha com desenhos e de frases do tipo “ mi mama me mima” ou “mi padre fuma pipa”. Na escola estava sempre a fazer traquinices, tinha uma colega de carteira portuguesa, a Filipa e mais duas espanholas. Estava muitas vezes de castigo – porque seria? – Ia para o fundo da sala virada para a parede. Em casa, depois do jantar ia brincar com uma pandilha na rua, jogar ao elástico, aprendi a cantar e a dançar sevilhanas – a minha irmã Ró diz que fui eu que meti conversa com as miúdas na rua. No primeiro andar dessa casa viviam vários estudantes, era uma diversão. Quando se aproximou o Natal, fiquei cheia de medo de não ter prendas, a casa não tinha chaminé. Depois recebi uma cama de plástico cor-de-rosa para a minha boneca e a minha irmã Xum convenceu-me que ela entrou pelo buraco do vidro da janela da sala. Depois mudamo-nos para um apartamento num prédio moderno, onde também brincava na rua à noite, com outra pandilha. Uma vez cantei as sevilhanas que tenho na memória a uma catalana que se fartou de rir e dizia que só poderia ter aprendido isso na rua. Quando voltei para Évora não havia nada disto, não brincava na rua e compartilhávamos a casa com mais duas famílias de retornados. O meu pai dava aulas de matemática e a minha mãe trabalhava na escola onde eu ia com a Ró. A minha mãe diz que o único ministro da agricultura que houve como deve de ser neste pais foi o António Barreto e que se o encontrasse na rua, ia dar-lhe um aperto de mão e cumprimentá-lo. Apesar de tudo, o sentido de humor foi sempre mantido na minha casa em relação à política: lembro-me de num Carnaval os meus pais mascararem-se de pessoal da reforma agrária para pregarem uma partida a uns amigos; noutro, a minha mãe mascarou-se de Manuela Eanes, estava enlacada, pirosa e extraordinariamente pintada; estas talvez sejam exemplos de boas expressões para ultrapassar o sofrimento, a mágoa que eles sentiam em relação ao que foi destruído, as árvores cortadas que nunca mais se puderam recuperar. O que é para mim o 25 de Abril? O dia em que se comemora a liberdade no meu pais e de imediato associo a data às noites em que brincava na rua em Espanha com as pandilhas, onde cantava e dançava sevilhanas. Esta memória para mim ficou como sinónimo de liberdade.
Postado no Insónia a 25/4/2007
Um país de gente com medo de dizer não, um país de gente que não suporta ouvir não, um país de gente que sempre que alguém critica alguma coisa só o pode fazer por ressentimento ou inveja, um país de gente curvada, um país cúmplice de cartéis, país de um nepotismo descarado, sem vergonha, um país injusto, conservador, desconfiado de si próprio, um país de indigentes e medíocres que se julgam geniais, um país de santolas sem casca, um país de gente mal educada, com a justiça a soldo... Revolução? Liberdade? Não me fodam.
ResponderEliminarEstá enganada Maria João. O 25 de Abril representa a mentira, a desonestidade intelectual, a vigarice choldra e o que há de pior no ser PERSONA. Conheci muito bem os seus Avôs,meus parentes e dois grandes homens e alentejanos, que tiveram a "sorte" de não assistir ao dia da mentira. Desejo-lhe as maiores felicidades pessoais e na arte. Com um abraço de amizade de um primo.
ResponderEliminarCaro parente,
ResponderEliminarObrigada pelo seu comentário, tenho pena que não se identifique, tem medo de alguma censura? O 25 de abril foi a chegada da democracia ao nosso pais, da liberdade de expressão também, não chegou da melhor maneira, mas era mais que necessário. A desonestidade intelectual e a vigarise é algo que sempre existiu, como disse no meu texto, o oportunismo não tem cor. Não estou enganada,em muitos aspecto a democracia ainda não chegou a Portugal, não me sinto livre aqui, acho que a sociedade portuguesa é muito tacanha, temos uma classe politica corrupta, um sistema judicial que não funciona e falta de tradição democrática. A revolução deveria começar sistema judicial que permite a vigarise e a institucionalição da desonestidade. Nestes 35 anos de democracia houve, no entanto, muitas mudanças no bom sentido, por exemplo, as mulheres têm muito mais direitos legais,o que nem sempre tem aplicação prática, mas hoje em dia já não é necessário uma mulher pedir autorização ao marido ou ao pai para sair do país. E estamos na comunidade europeia, não estamos orgulhosamente sós. Um abraço e felicidades.
E eu que a conheço tão bem, prima Maria João. Essa que aponta das mulheres não poderem sair do País , é um pormenor. O regime anterior tinha, alguns pequenos defeitos. Actualmente nem regime há. Talvez uma cleptocracia mergulhada num caldo de ignorãncia atrevida e incultura. Fala de Miguel Torga. Claro que é pessoa e homem de corpo inteiro, um pouco repetitivo para o meu gosto. Tenho para mim que o maior escritor vivo, a maior inteligência portuguesa do séc.XX, em Portugal, é sem dúvida a Agustina Bessa-Luís, que tive a oportunidade de conhecer de perto. Repare que ambos, politicamente nos antípodas, viveram bem " debaixo" do Estado Novo. E bem assim Aquilino Ribeiro, todos os neo-realistas desde um Redol a um F.Namora. Até escreverame foram editados Cesariny e Luís Pacheco. Prima Maria João onde estão os talentos actuais? As Margarida Rebelo Pinto, as manas Pinto-Correia, o Sousa Tavares? Concordará comigo que os frutos actuais são de fraca qualidade. Sobreiros bons dão boa cortiça, sobreiros maus dão refugo. E como fica tudo em família ainda a convido para lanchar, como se fazia aqui há uns anos. E continua a fazer-se. Ou almoçar, vendo o mar e pouca gente. Noutro post fala de Felinni. mais uma prova de bom gosto. Sublime são as cenas finais de "Felinni Oito e Meio".Passa-se num circo. Brilhante. Muito obrigado por me ter aturado e vai um beijo do primo amigo. E quanto ao almoço? Estou a ver que posso esperar sentado...
ResponderEliminarCaro parente,
ResponderEliminarContinua sem se identificar, mais uma vez lhe pregunto, tem medo do quê? As mulheres não poderem sair do pais sem autorização não era um promenor, era sim falta de liberdade.O antigo regime era uma ditadura e ainda bem que terminou. O mundo de hoje não é bom, mas eu como mulher tenho mais direitos e sou mais livre em muitos aspectos. Existem muitos talentos actualmente também e nada têm a ver com o Portugal audiovisual de que fala, trabalham nas condições precárias que este pais sem tradição democrática oferece e que em 35 anos passou de uma sociedade rural para a tanga audovisual que agora vivemos. Muitos talentos têm emigrado, não os censuro, pelo contrário, entendo-os bem, o panorama actual não é bom e se calhar nunca foi. identifique-se e vamos lanchar ou almoçar para discutirmos estes assuntos - tem o e-mail no meu perfil.
abraço
Olá, Maria João!
ResponderEliminarGostei muito de te ler!
Beijos! :)
Ana, obrigada pelo comentário e visita.
ResponderEliminarbjs
Cara prima,eu até concordo consigo...quase! Mas repare que não falo de telenovelas!!! Existiu democracia em Atenas, Tebas e mesmo Esparta. EM Roma houve uma República de cidadãos que degenerou. Há actualmente democracias no Reino-Unido, Dinamarca, Noruega, Suécia, Austrália e Nova Zelândia. Nós os iberos- com os vizinhos aqui do lado- parace-me, que nunca por cá passou. No séc.XIX tínhamos o Fontes o José Luciano e novamente o Fontes e o José Luciano... A seguir veio o bisnau do Afonso Costa, o Bernardino, o Camacho... e depois Soares, Sampaio e Sócrates... Viemos de uma sociedade rural, aí concordo consigo, mas uma sociedade rural que era mais sádia que a actual- suburbana, psicotropizada, perdoe-me o neologismo, e perfeitamente ignara e possidónia.Antes do 25 a sociedade portuguesa era mais cosmopolita que actualmente. Não esquecer as relações Atlânticas - Brasil, Arquipélagos e Angola. Moçambique e o Índico. Devo dizer-lhe que a minha análise se baseia nos referentes espaço-tempo que em Geopolítica e História são, metodològicamente, fundamentais. Tiveram ou não liberdade os Redóis, Namoras, Cesarinys,Luís Pacheco, Natália Correia liberdade de expressão? O que acontece hoje a quem produz uma ideia, escreve uma palavra e não pertence ao establishment? Quanto á Europa ainda lhe digo Maria João: estamos mais afastados de Itália , França e Espanha do que há 40 anos. As nossas viagens pelo Mundo, que aumentaram evidentemente como o uso de automóveis e outras maquinetas, são do tipo pequeno-burguês. Tipo Abreu. Pergunte ao mediano funcionário público o que achou de Praga. A resposta será invariàvelmente uma questão de preços e uma comparação com as Puertas del Sol de Madrid. Madrid uma boa cidade. Praga tem o problema da língua. Pergunte a um universitário portugu~es qualquer coisa sobre Kafka, A. Breton, Freud... a um universitário de Évora por exemplo. É que li um seu post sobre Évora, neste blog que considerei brilhante. Andará por aí, por essa nebulosa a resposta ao seu comentário. Porque, como sabe, nunca há respostas. Há nuvens. Noites de chuva que me são muito agradáveis e silêncios óptimos companheiros. Perto das azinheiras e sobreiros num pôr-de-sol de dia escaldante,no Alentejo. Embora prefira a 5ºAvenida em New York ou o Central Park nada é incompatível neste nosso devir antropocêntrico e com a liberdade de escolha que é próprio desta "carga neuronal" que carregamos. Mais uma vez obrigado e um abraço do parente amigo.
ResponderEliminarÓ primo, Portugal antes do 25 de Abril não era melhor, tu é que era mais novo e tens saudades disso. Portugal agora também não está bom,se calhar nunca esteve bom. Houve no entanto conquistas positivas nestes ultimos 35 anos, nem tudo foi mau, vejo os lados positivos no nevoeiro também. O Portugal audivisual é de fugir e o rural tinha aspectos muito sádios, para além da miséria que existia. E agora fiquei com muita curiosidade em saber quem és tu ò primo que estás em Aveiro - isso vê-se no sitemeter. Gostava que Portugal fosse melhor, continua em aberto o lanche ou almoço para debate? está aqui o email: mariajoaolopesfernandes@gmail.com
ResponderEliminarNão estou em Aveiro nem lá vouhá anos. Não percebo nada de sitemeters(?) Sou teu primo e, como tu, não sou aldrabão ou mentiroso. Vai um beijo e olha que o almoço continua em aberto. Era mais novo no 25. É verdade. Tinha 16 anos. Obrigado por responderes. Li vários textos da Prima, que muito me agradaram. Agradável surpresa na família. Vai um almoço, mesmo com esse nervosismo hereditário? Bora lá? Quanto a medos só tenho dois: eu próprio e o pateta do Ministro das Finanças. É triste. Diria o Eça. É lúgubre, escreveria Camilo. Um abraço( respeitoso) do primo. Com essa dos ovos-moles é que me deu vontade derir. Aliás também gosto muito dos pinhais de Leiria. Mas estou a ouvir chover e a ver o Tejo. Verdade, oh minha Tágide Prima.
ResponderEliminarEstás aqui em Lisboa? olha que bem e sim, vamos almoçar primo. Ovos moles? tenho a vesicula preguiçosa, não convem. Também não gosto do ministro das finanças e às vezes também tenho medo de mim própria - deve vir no código genético, será dos Fernandes ou dos Lopes?
ResponderEliminarfoi um prazer descobrir que um primo lê as minhas patetices :)
um grande abraço
A propósito: a gata é sua prima Maria joão
ResponderEliminarA propósito: a gata Lua é sua? Agora prima Maria João mais uma vez, agradeço-lhe a paciência em me aturar e vou ler todos os seus posts e comentários.Abraço.
'
Claro que é dos Lopes. E somos primos por três ramos. Sempre pelo lado Lopes e até me conheces bem. Tenho um Tio que era teu Avõ e tu tens um Avõ que era meu Tio. Mas em mais de uma geração... Aquelas coisas cá da Família. Quem ler isto parece que é uma conversa da Cosa Nostra... Abraço. P.S. não lhe conhecia tais talentos literários.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarQueria dizer que acho que já sei que primo és, mas não tenho a certeza porque a árvore geneologica por vezes é uma trepadeira :) e a Lua é uma colaboradora especial. O teu pai era o meu padrinho que uns olhos azuis espetaculares?
ResponderEliminarO meu pai não tinha olhos azuis.Era sim, uma pessoa espectacular.
ResponderEliminarAgora estou baralhada, tens de me dizer quem és porque a familia é numerosa, deves-me ter conhecido em miuda ou assim. O teu pai tinha os olhos verdes?
ResponderEliminarNão eram verdes...não senhor. Põe a cabecinha a pensar.Um teu tetra avô, que também era teu trisavõ, era meu tio trisavô. Mas depois há mais, em gerações mais recentes. E atenção à gata Lua.
ResponderEliminarJá sei, és o Manuel e não te vejo há anos.
ResponderEliminarSou sim senhora, cara Prima. Desculparás alguma inconveniência na brincadeira de ontem à noite. Durmo uma média de 2,3 horas. A Prof. Teresa Paiva diz ser muito pouco. Por vezes a insónia custa. Anda por aí muita gente pastilhada. Eu dou-me bem com a noite. Ainda fui ler um pouco da Filmografia de Fellini de Chris Wiegand. E tenho que rever em breve o "Fellini Oito e Meio".Foi um bocado de bom serão, à moda antiga,e através do éter na companhia de uma Prima simpática, culta e inteligente( com o nariz um bocadito arrebitado...isso sim, está no cariótipo das senhoras da nossa família). Recebe um beijo amigo do primo Manuel. P.S. Já vi o teu fio de Ariadne que tens hoje no teu blog. Coincidência: a civilização cretense, tanto a minóica quanto a micénica sempre me fascinaram. E achas que é preciso sair sempre do labirinto? A vida não necessitará de não respostas, de nebulosas? Creio que sim. E sucesso na próxima exposição de Maio. Manuel.
ResponderEliminarTudo bem primo Manel, estou rodeada de insones, mas eu tenho a sorte de dormir bem e como tenho a tensão baixa, por vezes durmo até demais. Tenho alguns amigos a serem seguidos pela Dr. Teresa Paiva e não andam pastilhados. O meu nariz não é muito arrebitado porque tem a batatinha Fernandes, uma mistura. Quanto aos labirintos, lá vou desfiando, é coisa de mulheres, nunca se sabe o que elas tecem. Vai dando noticias, foi um prazer encontrar-te por aqui.
ResponderEliminarapesar de tudo, Abril continua a ser um mês especial.
ResponderEliminarapesar de todos os oportunismos (aliás, oportunistas) que não deixaram que nos tornássemos uma país mais justo e desenvolvido, resta a Liberdade, que é um bem inegualável!
bjs Maria João
Olá Luís,
ResponderEliminarA liberdade foi uma conquista muito importante.
abraço e obrigada pelas tuas palavras
Adorei este encontro familiar. Com suspense e tudo! Abraço aos Primos:)
ResponderEliminarSara Monteiro
Olá Sara,
ResponderEliminarTambém gostei de reencontrar o primo, são coisas que acontecem ao termos uma página diária na net.
um grande abraço
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