O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Poema #42



O LABIRINTO

Embora ela me coubesse nos braços sem
nunca ter sido preciso sequer abri-los
inteiros não me surpreendeu ao entrar
aqui esta gramática de galerias
e corredores.

Às minhas perguntas lamenta-se a memória
que não desenrolou nenhum fio de Ariadne;
porém não eram acerca de sair mas
acerca de entrar: não sabes que é sempre para
o labirinto?

António Gregório, " American scientist", Quasi 2007, p-11, a ilustração é aqui da casa


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