MÉTODO PARA A VIDA NO LABIRINTO
Uma vez transposto o umbral não olhar para
trás porque a vertigem é comparável à
das alturas cravando as unhas do alpinista
na rocha num anelo espiralado de
imobilidade; seguir a rota da
falência da luz exterior até
que o crepúsculo deixe vislumbrar a outra
que mana do centro. Atenção: não se pretende
chegar lá – ela cega queima desintegra –
sequer o retorno – nas paredes há nichos
com víveres para mais de cem anos – mas
a vida iluminada pelas duas fontes.
Uma vez transposto o umbral não olhar para
trás porque a vertigem é comparável à
das alturas cravando as unhas do alpinista
na rocha num anelo espiralado de
imobilidade; seguir a rota da
falência da luz exterior até
que o crepúsculo deixe vislumbrar a outra
que mana do centro. Atenção: não se pretende
chegar lá – ela cega queima desintegra –
sequer o retorno – nas paredes há nichos
com víveres para mais de cem anos – mas
a vida iluminada pelas duas fontes.
António Gregório
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