O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ilustração #27




















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se aqui fosse maciço o pó ...........................................................................
.................................... lidávamos com superfícies ásperas e aumentadas.
se fosse seco o ar, mesmo assim, parados, suávamos. ...............................
.......................................................................................... o que nos moveu,
preserverámos durante horas em desconfortáveis posições corporais, .....
............................................... como se isso já originasse a espuma do mar.
respiração boca a boca à guerrilha urbana. .................................................
... mas tu hesitaste, e em cada paragem uma escultura tua ficou para trás,
madeira de tília em tic-tac. ........................ floresta, de posições corporais.
fermatas, quando o tempo corria que encrespava perante todas as coisas,
............................................................................quando se olhava para trás.
so, continue. ..................................................................................................
............................................................................... descemos para a piscina,
tinhas a impressão que a água era absolutamente transparente. ................
....................................................................................... a bacia estava vazia.
a infraestrutura parecia já lá estar sempre antes, ........................................
... movimentar-se por baixo da terra como raízes horizontais ou em fuga,
parecia esperar. .............................................................................................
......................................................................................................... aqui não.
se então esses próprios campos eram eléctricos, e líquidos .........................
............................... ao lado e além da instalação eléctrica, nós nadávamos,
naked but hooded, e passeávamos pouco. ....................................................
................................................................................ paisagens de cobertores,
que ficavam enovelados e que qualquer dia talvez pudessem ser vestidos...
correspondentes espalhados no espaço e os seus técnicos de luz. ................
........................................................... tínhamos imaginado uma luz quente,
esta luz aqui é fulgurante e microscópica. ....................................................
como se pudesse ver sons. .............................................................................
cobertores com pequenos poros como a delimitação daquilo ......................
........................................................................................... que aqui estivera.
que se pudesse remodelar a fauna e a skyline...............................................
silenciosamente pressionando e dobrando-as .............................................
.................................................................................................... so, continue
no vestido de nervos os minúsculos poros e canais de notícias. ..................
............................................................... os olhos, os narizes de informação.
o make up subversivo destas caras. ...............................................................
............... que se tornavam mais naturais e cinzentos com o pano de fundo.
sobre o limite da altitude. ...............................................................................
.................................................................... que se entrechocava como alpes.

Daniel Falb, " Naturezas-mortas sociais: 33 poemas" ( tradução de Pedro Sena-Lino e Tiago Rocha de Morais), Sextante Editora, p.71. A imagem que ilustrava este poema foi a escolhida para a capa do livro.


Ler e ver também as ilustrações #22   #23  #24   #25  #26
  




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