No verão de 1994, antes de ir para o Canadá participei num projecto do Eurico Lino do Vale intitulado “ Retratos de rua”, integrado na LIS 94. Para tal, pintei um cenário a partir de “ O fado” de Malhoa em que as pessoas podiam tornar-se os personagens do quadro, e o Eurico registava-os em polaróides, com uma técnica fantástica em que a polaróide era impressa em papel, sendo o resultado final muito pictórico e eram vendidas a quem se fazia retratar. Estivemos a maior parte do tempo em frente ao CCB e os transeuntes reagiam bem ao desafio. Lembro-me que o material ficava guardado no CCB e todos os dias íamos para lá numa Vespa, descíamos a ladeira para a porta dos artistas de mota, depois carregávamos a Vespa com o cenário e o material e lá íamos para a porta de entrada. Eu trajava uma saia comprida estilo Severa e o Eurico estava sempre catita, com um colete e porte de fotógrafo de outra época. Foi uma das experiências mais divertidas que tive nestas coisas da criatividade.
O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?
quarta-feira, 27 de maio de 2009
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