Quando o sol atravessa
um copo de vinho branco, a sombra reflete-se transparente e luminosa. O branco
é a luz do vinho ou o vinho diurno. Conheço brancos secos e florais, de uma juvenil
alegria inesperada, mas só os aprecio muito frescos em pleno verão. Os brancos
frutados quando são muito bons também refrescam. Dispenso todos os brancos
ácidos, nunca tive estômago para o assunto. Aprecio sim a profundidade de uma
colheita tardia, com o travo das uvas colhidas quase em passa ou vinho doce do
gelo. Numa tarde de verão provei um fresco rosé, com a alegria dum refresco e
só depois lhe senti a graduação tinta. Não confio em rosés, também podem ter
sombras transparentes e luminosas, mas em corpos crepusculares.
O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário