O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?

terça-feira, 11 de março de 2014

Dia-a-Dia #207

Quando o sol atravessa um copo de vinho branco, a sombra reflete-se transparente e luminosa. O branco é a luz do vinho ou o vinho diurno. Conheço brancos secos e florais, de uma juvenil alegria inesperada, mas só os aprecio muito frescos em pleno verão. Os brancos frutados quando são muito bons também refrescam. Dispenso todos os brancos ácidos, nunca tive estômago para o assunto. Aprecio sim a profundidade de uma colheita tardia, com o travo das uvas colhidas quase em passa ou vinho doce do gelo. Numa tarde de verão provei um fresco rosé, com a alegria dum refresco e só depois lhe senti a graduação tinta. Não confio em rosés, também podem ter sombras transparentes e luminosas, mas em corpos crepusculares.

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