Lembro-me bem: estava numa aula de geometria descritiva na António Arroio, um colega entrou tarde na sala, com um enorme ramo de cravos vermelhos na mão, ofereceu um ao professor e depois foi distribuindo-os. Ele era mais velho, misterioso, escrevia poemas entre cervejas no café Louvre e tinha uns olhos muito verdes. Quando chegou a minha vez disse-me: morreu Zeca Afonso. Faz hoje 25 anos que me ofereceram pela primeira vez um cravo vermelho.
O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Dia-a-dia # 102
Lembro-me bem: estava numa aula de geometria descritiva na António Arroio, um colega entrou tarde na sala, com um enorme ramo de cravos vermelhos na mão, ofereceu um ao professor e depois foi distribuindo-os. Ele era mais velho, misterioso, escrevia poemas entre cervejas no café Louvre e tinha uns olhos muito verdes. Quando chegou a minha vez disse-me: morreu Zeca Afonso. Faz hoje 25 anos que me ofereceram pela primeira vez um cravo vermelho.
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