Para Clio, a musa da história, imaginei uma enorme biblioteca labiríntica, com corredores compostos de livros; por estranho que pareça, nenhum visitante se perdia no seu interior, apesar do traçado complexo do percurso. Os livros podiam ser consultados livremente, estando empilhados nas paredes dos corredores; no ar sentia-se um aroma a café, misturado com um suave incenso, que se intensificava ao folhearmos algum livro. O tecto do espaço era uma enorme clarabóia, por onde a luz entrava, tornando-se difusa por entre a diversidade rítmica da biblioteca. O trajecto convidava ao silêncio e à reflexão, porque à medida que se caminhava neste espaço, interiormente os visitantes sentiam a voz da musa, que lhes cantava o passado dos homens e das cidades.
O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?
segunda-feira, 17 de maio de 2010
A Casa das Musas #2
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