A palavra museu teve origem em mouseión, que na antiga Grécia significava o templo das musas, das nove filhas de Zeus e Mnemósine, a deusa da memória. As musas eram figuras mitológicas que tinham a capacidade de inspirar os poetas e os músicos. Partindo da génese da palavra museu, como a casa do conhecimento, imaginei um edifício composto por nove espaços dedicados a cada uma das musas. Ontem li as nove narrativas, na Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves em Lisboa, no Dia e Noite dos Museus 2010, mas vou deixar uma por dia aqui no blog:
O espaço de Calíope, musa da eloquência, teria um corpo temporal, visto que ela inspira o ritmo dos versos e das frases na prosa oratória; seria composto por cadências de escadas verticais, formando grupos alternados, com pequenas plataformas de silêncio horizontais, funcionando como pausas respiratórias, para os visitantes que persistiam em subi-las apressadamente. Os trajectos provocariam uma espécie de transe, acentuada pelas cores, que surgiam alternadas no espaço, em feixes de luzes harmónicas. O som neste lugar seria um pano de fundo, sempre suave e grave, como um murmúrio.
segundo o livro "A Casa da Águia" de Duncan Sprott, a idéia do Mouseion foi de Ptolomeu.
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