O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?

domingo, 3 de janeiro de 2010

Portefólio #12



O ano lectivo de 1996/97 nas Belas-artes foi de intensa produção: no 4º ano de escultura dei continuidade às experiências que tinha feito no telheiro em Montemor-o-novo, durante o verão de 1996, mas trabalhei com materiais diferentes; as esculturas foram feitas em polyester misturado com pó de grafite, ficando assim com um aspecto metalizado e utilizei também tubos de ferro; não eram muito grandes, tinham cerca de entre 60x30x15cm; elas partiam dos desenhos sobre “ As cidades invisíveis” feitos no ano anterior. Apesar da produção ter sido bastante vasta, o professor da cadeira resolveu penalizar-me não sei bem de quê: deu-me um 13, que é uma nota que detesto. Aquilo provocou-me bastante stress, acho que foi a partir dessa altura que comecei a ter problemas de estômago, aliás, ganhei uma hérnia do hiato de estimação, que só em 2006 me livrei dela. Na tecnologia de plásticos tinha o mesmo professor que não me gramava o que me levou a deixar de trabalhar com estes materiais que fazem mal à saúde, passei-me definitivamente para o barro e gesso no ano seguinte. Nesse ano produzi ainda um livro a que chamei “ Livro de Babel”, também feito com polyester e fibra de vidro pintado e utilizei uma estante de música para suporte.







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