O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?

terça-feira, 5 de abril de 2016

Dia-a-dia #256

Saí do concerto na Cossoul a pensar que é difícil escolher entre Mozart e Beethoven. Mozart é o poeta que nos encanta através do som. Beethoven é o som que nos questiona, como um filósofo. Um amigo contou-me que depois de ensurdecer, passou a ouvir Mozart interiormente. No meu caso, acho que Beethoven iria ocupar esse espaço especial.

2 comentários:

  1. Eu diria que não há apenas um Mozart como não apenas um Beethoven. O Beethoven da primeira sinfonia aproxima-se muito do Mozart das últimas sinfonias, mas o Beethoven dos últimos quartetos é outro compositor, totalmente diferente (que talvez não fosse possível sem as obras anteriores). Dito isto, ouço mais Beethoven que Mozart e acho que os últimos quartetos são, talvez, as obras mais assombrosas da história da música. As que levaria para a proverbial ilha deserta.

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  2. Tinha acabado de ouvir um quarteto de Mozart seguido de um de Beethoven e foi o que me passou pela cabeça. Também oiço muito os últimos e assombrosos quartetos de Beethoven :)

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