Perguntaram-me porque não escreves.
Não sei.
Fiquei assim desde que cheguei da guerra.
Prefiro estar no cemitério, por entre as campas de familiares
E amigos.
Assim, estou verdadeiramente só.
E, se não escrevo,
É porque à minha volta tudo morreu
Menos essa flor, aí em baixo, que parece despontar na solidão.
Estranho, nem tinha reparado.
Rui Pedro Gonçalves - "Um rapaz à procura da sua idade". Coimbra: do lado esquerdo, 2014
O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?
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