O poço não é mar
a rua não é rio
janela não é castelo
o frio não é vazio.
O olho não é a lua
o barco não é peixe
caranguejo não é beijo
caravela não é vela.
A neve não é o lírio
o sorvete não é mel
sintoma não é suspiro
e folha não é papel.
Mariposa não é cor
laranja não é limão
ilusão não é amor
favo não é coração.
Salette Tavares – Espelho Cego. Lisboa: Edicões Ática, 1957.p.71
O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?
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