O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Dia-a-dia #245


Na aula o professor pediu para desenharmos a nossa casa, depois uma casa em conjunto com o colega do lado e por fim, desenharmos a casa dos nossos sonhos. Representei de memória uma vista da minha sala com o chão em madeira, os frisos geométricos, e apontei o espaço dos móveis em blocos. Desenhar assim de memória na altura era mais fácil, a casa não tinha tanta tralha acumulada. Os desenhos da casa em parceria não foram nada de especial, lembro-me que não encaixavam. Também nunca mais vi esse colega. Quanto à casa dos meus sonhos, representei linearmente uma mala às bolinhas e duas boas máquinas fotográficas. O professor delineou uma grande elipse em torno do meu desenho acrescentando setas a perguntar direcções. É o que um professor deve fazer, mostrar caminhos e hipóteses várias. Mas aquele desenho representava apenas não ter casa em sonho.

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