Ocorre-me falar do tempo,
Das consequências dos fenómenos
Extremos e de como tudo muda.
Já não espero pelas limitações dos
Dedos nem pela definição das cir-
Cunstâncias que consomem as acções
E tento respirar a noite que chega.
É fraco o passo a que me atrevo na rua
Quando pressinto a distância que me separa
De todos quantos um dia acompanhei.
Deixo na memória a segurança da fala,
Convertendo em monólogo o que sei
Da luz solar que me iluminou enquanto
Caminhava. Não rejeito a dor nem quero
Sujeitar-me ao ordenamento que anula
Todo o cansaço ou vestígios da tristeza.
Sou da distância que busco. Cumpro as regras
A que obedece a minha liberdade.
Rui Almeida, “ Lábio Cortado”. Torres Vedras: Livro do Dia, 2009. P-45
O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Vim descobrir a nova casa e gostei.
ResponderEliminar"novo" pode ser sinónimo de mudança, da procura, de um novo caminho...ou simplesmente abrir os olhos e pensar: "hoje vou por ali.."
gostei
Gui
coisasdagaveta.blogs.sapo.pt
Obrigada pela visita!
ResponderEliminarMJ